RecursosPlanosQuem SomosParceriasBlog

Mercado do E-commerce

Como criar um e-commerce do zero em 2022

Matheus Souza

Por: Matheus Souza

Atualizado há 4 anos

O varejo está passando por uma transformação. O mercado brasileiro de e-commerce nunca esteve tão aquecido. Segundo dados do estudo mais recente da Neotrust, o faturamento dos e-commerces no Brasil atingiu a marca de R$161 bilhões em 2021. Isso representa um crescimento de 27% em relação ao ano de 2020. Essa foi a maior alta vista nos últimos 20 anos.

Por isso é importante você colocar sua loja na internet. Se você está querendo montar seu e-commerce do zero, leia esse texto até o fim para descobrir como.

Por onde devo começar?

Muitos varejistas que querem montar uma loja virtual começam logo pela criação do site: contratam uma agência ou freelancer e começam imediatamente o desenvolvimento. Porém, antes disso, o mais importante é fazer um bom planejamento para seu e-commerce.

Um professor de varejo, em aula, certa vez me ensinou que quem deseja montar uma loja virtual do zero precisa saber, para começar, que um e-commerce não é simplesmente um site que vende produtos. O e-commerce é uma loja que, em vez de ser física, é online. Segundo ele, todos os empreendimentos, independentemente do formato deles, precisam de um plano de negócios que deve ser seguido para que o empreendedor não se perca na gestão.

A ideia desse professor foi a de mostrar aos seus alunos que eles precisariam educar-se sobre o assunto previamente, de forma a adquirir conhecimento do mercado no qual desejariam atuar. Esse ensinamento, se fosse dado em escala, a todos os empresários que desejam ter um empreendimento virtual, pouparia milhões desperdiçados em negócios que não prosperam por falta de estrutura.

O que você precisa considerar no plano de negócios

Há uma série de metodologias disponíveis na internet para criação de plano de negócios. Abaixo listo alguns pontos específicos para se atentar ao fazer um plano para montar e-commerce:

  1. Qual seu mercado

    O mercado de e-commerce, apesar de grande, é altamente competitivo. Grandes sites de e-commerce conseguem vender uma série de produtos a preços competitivos, com entrega para todo o Brasil. Você, que está iniciando, deve se preocupar em como se diferenciar desses concorrentes para obter sucesso. A estratégia mais eficiente para pequenas e médias empresas é focar em um nicho de mercado, ou seja, em um segmento de mercado com necessidades e interesses específicos bem definidos. Fica mais fácil atender e se diferenciar em um nicho específico.

    Quer um exemplo? Uma panificadora especializada em pães proteicos está obtendo bastante sucesso por oferecer produtos de alto valor agregado para um público consumidor bastante específico (fitness / health). Os clientes sabem que, naquele e-commerce, encontrarão pães saudáveis, nutritivos, com qualidade e variedade de sabores. Focando nesse nicho, a panificadora consegue entregar um produto ideal para esse tipo de consumidor e fidelizá-lo.

  2. O que você venderá

    Tenha linhas de produtos bem definida. Se você fabrica os produtos que vende, precisa estar preparado para produzir e entregar todos os produtos que estiver oferecendo em seu site. Se for um revendedor/comerciante, garanta que sua rede de suprimentos seja capaz de atender as necessidades do seu e-commerce. A marca do seu site estará diretamente vinculada à qualidade dos produtos que você vende. Qualquer problema ou defeito gerará uma má avaliação tanto da marca do produto como do seu e-commerce.

  3. Para quem venderá

    Conhecer seu cliente é um dos passos mais importantes. Isso te ajudará a saber como procurá-lo, como dialogar com ele, como convencê-lo a comprar, como deixá-lo satisfeito, entre outros fatores. Desenhar essa persona é uma tarefa importante e dinâmica, que exige conhecimento do mercado, do produto e do comportamento do consumidor.

  4. Como venderá

    Vender em um e-commerce não é apenas colocar produtos em uma loja. É necessário um plano de marketing e mídia, que define todas as ações de promoção que você terá que executar. Em e-commerce, esse passo é fundamental, pois você precisa investir em SEO, mídia digital e redes sociais para trazer os visitantes para dentro de sua loja virtual. Você precisará entender como as mídias digitais funcionam e ter orçamento para investir nelas. Se não fizer nenhuma ação, seu e-commerce simplesmente será ignorado no mercado.

  5. Como será a sua logística

    O processo de estocagem do produto, venda e entrega ao cliente precisa ser muito bem desenhado para que você não perca vendas e nem clientes. Para crescer estruturalmente, é preciso entender como você conseguirá atender seus clientes. E-commerces de sucesso precisam se preocupar em entregar o produto o mais rápido possível, com embalagem apropriada e transparência para o cliente no processo de entrega.

  6. Como avaliará os resultados

    Quais serão os KPI´s que você analisará para mensurar os resultados do seu e-commerce? Pode parecer cedo, mas o gestor precisa saber antecipadamente como controlará os resultados. Análise de dados é fundamental para qualquer loja virtual. Isso irá ser a base de todas as decisões que você tomará para melhorar o funil de vendas.

Os principais passos para você montar o seu e-commerce

Após a elaboração do plano de negócio, chegou o momento de iniciar o desenvolvimento do seu e-commerce. Antigamente era mais difícil e custoso montar uma loja virtual. Hoje, com avanço da tecnologia, montar um e-commerce ficou muito mais acessível e rápido.

Conheça cada passo para montar seu e-commerce:

  1. Domínio

    Antes da criação da marca, é preciso verificar se o domínio (URL do seu site) está disponível. A forma mais fácil de saber se um domínio já está sendo utilizado por outra pessoa/empresa é pesquisá-la em plataformas de registro (ex: registro.br, locaweb, hostgator). Um bom endereço de e-commerce deve ter nome simples e fácil de lembrar. Assim que encontrar o domínio ideal, contrate-o para que se torne seu. Não custa muito e, geralmente, deve ser renovado todo ano.

  2. Plataforma

    É o sistema que controlará todo o funcionamento do site. É possível utilizar soluções prontas, disponíveis no mercado – as chamadas plataformas SaaS – ou contratar um programador ou agência para criar sua própria plataforma, do zero.

    As plataformas próprias, como vantagens, dão controle total ao gestor, podendo ser criadas e customizadas da maneira que quiser. Como desvantagens, você terá que investir mais para desenvolvê-las, além de demandar acompanhamento recorrente de desenvolvedores para criar soluções novas, corrigir bugs, entre outros. Para desenvolve-las, o mercado usa normalmente a linguagem de programação PHP, podendo utilizar um framework (ex: Woocommerce ou Magento) para agilizar a criação do seu e-commerce.

    Já as plataformas SaaS (Software as a Service) são soluções prontas, oferecidas por empresas de tecnologia (ex: Vtex, Tray, Loja Integrada, etc), que permitem criar e-commerces de maneira rápida e prática, sem precisar de muito esforço de programação. Nessas soluções você tem acesso a uma série de recursos para personalizar seu site, tais como: cadastrar produtos, escrever textos, carregar fotos, etc. 

    Normalmente nas soluções SaaS são cobradas mensalidades, que podem variar de acordo com a solução e volume de vendas do seu site. Soluções que permitem mais configurações e oferecem mais recursos tendem a ser mais caras.

    Para pequenas e médias empresas, o ideal é que comece por uma plataforma SaaS. Seu investimento será muito menor, será mais fácil colocar o site no ar e terá uma plataforma de maior qualidade. Na medida em que seu e-commerce crescer muito e precisar de funcionalidades mais complexas, você pode migrar para uma plataforma própria.

  3. Hospedagem / Servidor

    É a tecnologia que manterá seu e-commerce disponível para seus clientes. Se você contratar uma plataforma SaaS, normalmente o servidor é oferecido junto à solução. Se desenvolver plataforma própria, deve ser contratado conforme suas necessidades. Existem diversas opções de hospedagem (ex: hostgator, localweb, AWS, etc), cada um com suas precificações e níveis de serviço. Contrate primeiro os mais simples e evolua para outros melhores na medida em que tiver maior volume de acesso no site.

  4. Meio de Pagamento

    Você precisa contratar uma (ou mais) solução de pagamento para que o cliente consiga pagar por cartão, boleto, ou outros meios. Se você usar plataforma SaaS, terá soluções pré-instaladas para seu e-commerce, tendo apenas que negociar as taxas com essas soluções. Se tiver plataforma própria, terá que colocar um desenvolvedor para implementar a solução de pagamento que contratar.

    Em qualquer um desses casos, você terá 2 opções para seguir:

    Opção 1 - Você pode contratar adquirentes para aceitar cartão de crédito (ex: Cielo, Rede) e boleto bancário (ex: Bradesco, Santander). Para que essas soluções funcionarem no seu site, você pode implementar um gateway, que é uma tecnologia que integra sua plataforma aos adquirentes. Assim você conseguirá criar um checkout no seu site e ofertar todos os meios de pagamento que desejar.

    Opção 2 - Outro caminho mais fácil de implementar é contratando um subadquirente (ex: Pagarme, Pagseguro, etc). São empresas que oferecem diversas opções de pagamento em uma única solução. A vantagem dessa solução é a fácil implementação, além de disponibilizar recursos que normalmente não teria pela opção 1. Porém são soluções com taxas mais caras do que contratando os adquirentes diretamente.

    Analise as opções de pagamento oferecidas, suas taxas e soluções. Nesse momento é importante planejar bem e negociar antes de fazer a contratação de uma solução de pagamento.

  5. Antifraude

    Quase todo e-commerce pode ser vítima de fraudes. Para que você se proteja, existem soluções antifraude (ex: Clearsale) que analisam os dados dos compradores e te avisam se este cliente provavelmente é ou não um fraudador. Existem 2 modalidades principais praticadas pelo mercado.

    Modelo 1 - você deixa o sistema antifraude decidir se a venda deve ou não ser aprovada. Nesse caso, se o sistema aprovar a venda e ela se tornar numa fraude, a solução antifraude deverá te estornar o valor da compra.

    Modelo 2 - o sistema antifraude só te informa a probabilidade de cada venda se tornar fraude. Assim fica a cargo de você e sua plataforma de e-commerce decidir se a venda será aprovada ou não.

    Em ambos os casos, você paga um custo por cada análise (pedido). O modelo 1, por te dar mais segurança, cobra taxas maiores do que o modelo 2. Os preços variam de acordo com seu volume de vendas, o nível de risco do seu segmento, entre outros fatores.

  6. Design

    Você precisa desenvolver todas as artes e comunicações que irão formar seu e-commerce. Esse trabalho de web design precisa contemplar a facilidade de navegação, relação do cliente com a marca, harmonia de cores, navegação e características da persona, entre outros fatores. É imprescindível que se contrate um designer experiente para a criação do site, para que a arte fique em total sintonia com o público-alvo. Pense bem: se seu e-commerce tem como persona jovens, é ideal que o layout seja alegre e descontraído, não? O consumidor precisa ter navegação intuitiva, porque a usabilidade do site é um dos fatores que mais influenciam nas vendas.

  7. Configuração de produtos

    Neste passo é hora de mostrar o que você vende. Fotos de produtos em ótima resolução, que os mostrem em diversos ângulos e usos, e descrição detalhada deles aumentam as chances de compra. Deixar o site organizado para que o cliente encontre o que procura é outro fator que faz com que ele não desista das compras – e compre mais! Pensar na organização sempre sob a ótica do cliente, levando em conta a imagem, descrição e categoria, propicia tanto as vendas quanto facilita a análise de dados. Aqui, também é importante pensar no conceito de cauda longa: em um e-commerce, existem 20% de produtos que representam 80% de suas vendas, são seu carro-chefe. É preciso valorizá-los, dando a eles a importância devida.

    O estoque também precisa ser bem dimensionado. Deixar de vender ou frustrar o cliente, não entregando um produto porque não foi dada baixa dele em sistema, pode significar a perda desse consumidor. Por isso, é imprescindível que a atualização seja online e a reposição, constante.

Lançamento do e-commerce

A partir daqui seu esforço passa a ser recorrente. Existem 3 pilares para você se preocupar no dia a dia:

  1. Funil de Vendas

    O acompanhamento diário do funil de vendas é fundamental para o seu negócio. A análise recorrente do funil dará a base para as decisões de marketing, tendo como objetivos principais: aumentar o fluxo no site, melhorar a conversão das etapas do funil de vendas e incentivar a recompra de antigos clientes. Em breve escreveremos um texto para explicar como acompanhar o funil de vendas.

  2. Rotinas Diárias

    O gestor do e-commerce precisa desempenhar uma série de rotinas diárias com sua equipe. Dentre elas, as principais são: mensurar resultados, colocar pedidos novos na esteira de entregas, atualizar o estoque, realizar compras com fornecedores, e avaliar o pós-venda para garantir a satisfação dos clientes.

  3. Análise de dados

    Não basta o gestor do e-commerce cumprir essa rotina se não analisar dados. Apenas analisando corretamente indicadores de seu e-commerce é que ele poderá melhorar o funil de vendas, todos os dias. Por isso, é imprescindível que ele leia e interprete os KPI´s do seu negócio, de forma que as análises gerem ação.

A PlanD calcula indicadores automaticamente, de forma fácil, para que você apenas tome as decisões necessárias para aprimorar a gestão de seu e-commerce.

A nossa solução oferece os dados compilados em dashboards, que permitem a visualização rápida e prática, para que você apenas os analise e aja, potencializando o seu e-commerce.

Para saber mais, clique aqui e agende uma demonstração ou Conheça os nossos planos.

Veja como a PlanD pode aumentar os resultados do seu e‑commerce

Teste grátis por 15 dias. Não é necessário cartão de crédito